quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Abriu a pedra

Identifiquei-me muito com o General Flores da Cunha ao ler o livro “Flores da Cunha, de Corpo Inteiro”, escrito por Lauro Schirmer. Compartilhamos de idéias e formas de agir, mesmo que separados por um século. Quando o velho Flores partiu pra tribuna do céu, meu pai tinha apenas três anos. Talvez ainda morasse próximo à Barra da Lagoa do Peixe. Acredito que este livro recolocou-me no caminho da política e a política no meu caminho. O que não tivemos em comum foi o gosto pelo jogo. Jamais apostei um tostão, enquanto o velho Flores perdeu fortunas nas roletas e nos páreos que disputou. “Patas de cavalos lerdos e mãos de mulheres ligeiras”, assim ele explicava terminar a vida quase sem posses. Porém, os cavalos também me atraem. Não ao ponto de apostar meus cobres, mas sempre que possível estou na beira de uma cancha reta. “E já se vieram”, grita um gaiato. Isso me excita. Saudades de quando isso era mais freqüente em minha vida.
Setenta e dois anos se passaram da saída de Flores da Cunha do Palácio Piratini e, talvez, Yeda seja a governante mais parecida com Flores. Flores estruturou o Estado, criou as Secretarias da Educação, da Agricultura e da Saúde, além dos Institutos de Previdência, do Arroz, do Mate, do Vinho, o entreposto do Leite, ferrovias, frotas de navios que possibilitavam o escoamento da produção do charque e, para completar, deixou recursos nos cofres públicos quando foi obrigado a deixar o cargo por capricho de Getúlio Vargas. Yeda não criou o “déficit zero”, copiou de Flores. Assim como se assemelha ao General na bravura e na astúcia. Porém Yeda terá melhor sorte, ficará no cargo até o final de seu mandato.
Volto a falar das “carreiras”. No páreo, que será disputado em outubro próximo, aposto minhas fichas na atual governadora. Yeda gosta de quebrar tabus. Já é a primeira mulher a governar este Estado. Agora corre em busca de ser a primeira ocupante do Piratini a se reeleger, tarefa tentada sem sucesso por seus antecessores. Assim como em 2006, ela corre por fora e controla a “tala” para açoitar seu cavalo na reta final, quando realmente os campeões se sobressaem.
Se as pesquisas de opinião fossem confiáveis, não haveria tanta necessidade de desgastar a gestão da tucana, como busca a oposição. Apostem suas fichas. Eu vou novamente no Azarão.

Matheus Brum.

2 comentários:

Rudney Lemos Soares disse...

Estou com vc e não abro Matheus, a governadora, colocou a casa em ordem, e é por isso que estão desesperados, tenho certeza que meu voto é dela.

Tida disse...

Mateus, quero aqui deixar a minha opinião, pois concordo contigo, plenamente. Realmente nossa governadoramerece ser reeleita, está fazendo um trabalho excepcional. Parabéns, guri!!!