Tempos atrás, não tão remotos, li muitas manifestações que cobravam a retratação daqueles que criticaram o nosso presidente pela famosa frase: “isso é só uma marolinha”, com a argumentação de que o presidente estava certo, a crise já havia passado e o Brasil cada vez mais se consolidava como uma economia estável. Pediam reparações da imprensa, da oposição e todo aquele bate-panela tradicional. Nunca na história deste país se fez tanto barulho pra reclamar uma injustiça. E eu, na minha jovialidade, na inocência dos meus vinte e três anos, já aceitava e acreditava na opinião do presidente, feliz por viver no país do futuro (acho que lá atrás alguém já tinha dito isso pra geração do meu Pai). Fiz planos, imaginei os americanos e os europeus suplicando ao Brasil por ajuda, imaginei como seria bom viver num país governado por uma “gaúcha” firme, talvez, depois, por outro gaúcho de bom coração, protetor dos criminosos refugiados. Enfim, sonhei. Acordei, abri os olhos e vejo o ministro da fazenda ao lado da “gaúcha”, que me esperançava tanto, juntos anunciarem quem pagaria a conta da crise. Quem adivinha? Vai ganhar a tinta pra pintar a cara quem acertar.
Boa parte dos brasileiros vai pagar a conta. Ainda bem que era só uma “marolinha”, se fosse crise mesmo, talvez tivéssemos que nos desfazer de alguns bens pra emprestar pro governo. Eu venderia meu título de sócio do Grêmio, o DVD do Bee Gees, o DVD do José Claudio Machado e o relógio. Talvez os bens de maior valor que possuo. Ufa! Só em pensar no meu DVD do Bee Gees, no DVD do Zé Claudio. Ainda bem que era só uma marolinha.
Já haviam “mexido” na poupança do brasileiro poucos dias atrás, emprestaram grana ao FMI. Peraí, FMI não é o mesmo do “Fora FMI” ou “FMI nunca mais”? Agora a restituição? Esqueci, vão corrigir pela taxa SELIC (aproximadamente 0,7% ao mês), quanta justiça. Os bancos cobram quase isso de juros de quem dependia deste dinheiro pra saldar suas dívidas.
Nunca na história deste país me senti tão enganado. Vi muito pouco até agora, nasci e o Sarney já imperava, vi pintarem a cara por muito menos e derrubarem um presidente que mexeu na poupança dos brasileiros, vi muitas moedas, até chegar o plano real, e hoje vejo o governo da medida provisória “mexer” na restituição do brasileiro. Ainda assim é melhor ver isso do que ser cego.
Matheus Brum.
Boa parte dos brasileiros vai pagar a conta. Ainda bem que era só uma “marolinha”, se fosse crise mesmo, talvez tivéssemos que nos desfazer de alguns bens pra emprestar pro governo. Eu venderia meu título de sócio do Grêmio, o DVD do Bee Gees, o DVD do José Claudio Machado e o relógio. Talvez os bens de maior valor que possuo. Ufa! Só em pensar no meu DVD do Bee Gees, no DVD do Zé Claudio. Ainda bem que era só uma marolinha.
Já haviam “mexido” na poupança do brasileiro poucos dias atrás, emprestaram grana ao FMI. Peraí, FMI não é o mesmo do “Fora FMI” ou “FMI nunca mais”? Agora a restituição? Esqueci, vão corrigir pela taxa SELIC (aproximadamente 0,7% ao mês), quanta justiça. Os bancos cobram quase isso de juros de quem dependia deste dinheiro pra saldar suas dívidas.
Nunca na história deste país me senti tão enganado. Vi muito pouco até agora, nasci e o Sarney já imperava, vi pintarem a cara por muito menos e derrubarem um presidente que mexeu na poupança dos brasileiros, vi muitas moedas, até chegar o plano real, e hoje vejo o governo da medida provisória “mexer” na restituição do brasileiro. Ainda assim é melhor ver isso do que ser cego.
Matheus Brum.
3 comentários:
O Lula chorou por que a olimpíada vai ser no Rio. E quem vai chorar pelo atraso na restituição?
Curiosamente o Presidente se beneficiou do direito a preferência, por ser idoso, e recebeu a restituição dele antes. É, acho que ele precisa mais do que nós.
Caro Matheus,sua postagem não poderia sermais clara, mais uma vez estão nos roubando com sutileza e propaganda enganosa, parabens, pela claresa de suas informações.
conforme comentei na última sessão, o Matheus foi brilhante neste artigo. Parabéns!
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